Salões de prestígios a caminho, muitos rumores em pauta. O que ganha destaque nesta sexta-feira diz respeito a Yamaha e seu suposto projeto de lançamento da Super Ténéré 1200 para o próximo ano.
O modelo derivado da atual XT 660Z Ténéré seria a aposta da montadora japonesa para aumentar suas forças no mercado das Maxi Trail, concorrido por máquinas como a BMW R 1200 GS, Moto Guzzi 1200 Stelvio e KTM 990 Adventure.
Segundo os boatos da mídia européia, o protótipo pode ser apresentado durante a feira alemã Intermot, marcada para outubro, e também no Salão de Milão, em novembro na Itália.
Em termos visuais, a Maxi Trail da Yamaha deve ser muito parecida com a da XT 660Z Ténéré. Sobre o propulsor, fala-se que será um bicilíndrico de 1200cc com refrigeração líquida, injeção eletrônica, oito válvulas, DOHC, capaz de produzir cerca de 120 cv de potência.
A Intermot acontecerá entre os dias 8 e 12 de outubro na cidade de Colônia, na Alemanha. O Salão de Milão, entre 4 e 9 de novembro. Resta aguardar.
Alguém já teve o prazer de ver o aumento das motos nas estradas nos últimos anos? Isso em parte se explica pelo crescimento dos grupos organizados e do encanto de fazer parte de um deles.
Ando de moto há quase 28 anos e somente agora me uni a um motoclube. Aprendi com os integrantes da “trupe” o respeito ao próximo e a alegria de partilhar a estrada com irmãos.
Vale destacar como aumentou a aceitação das mulheres sobre duas rodas nos tempos recentes, coisa que ainda em alguns motoclubes não é vista com bons olhos.
Agradeço a todos os irmãos de estrada que fazem da motocicleta uma diversão e um elo de amizade com o próximo. Vamos aproveitar a vida com responsabilidade e abrir os braços para outros motociclistas.
A “motonauta” Alice participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
Os resultados registrados pelo Sistema de Consórcios no primeiro semestre mostraram recordes em vários setores da economia, entre eles o de duas rodas.
Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), no setor automotivo o segmento de motocicletas é um dos destaques, atingindo 1,85 milhão de consorciados no primeiro semestre. Um recorde absoluto na história e um crescimento de 4,1% sobre o mesmo período do ano passado.
Apesar do recorde, neste ano, as vendas de cotas de consórcio no setor de duas rodas registraram tímida retração de 0,9%. Para as entidades, uma acomodação normal.
No primeiro semestre foram comercializadas 493,6 mil novas cotas, contra as 498 mil no mesmo período de 2007. Já as contemplações acumuladas nos seis primeiros meses do ano totalizaram 213,6 mil.
Honda e Yamaha
As duas gigantes do setor dominam as vendas de cotas. O Consórcio Nacional Honda apresenta uma carteira ativa de 1.380.200 consorciados. Em 27 anos de atuação, o consórcio da Honda bateu novo recorde com a entrega com mais de 2,5 milhões de motocicletas zero-quilômetro.
A motocicleta mais vendida via consórcio é a CG 125 Fan com participação de 27% no segmento. A CG 150 Titan está em segundo lugar, com 25% das vendas. Para gerente comercial do Consórcio Nacional Honda, Marcelo Machado, o segmento de consórcio está crescendo constantemente.
“Embora haja uma oferta de crédito no mercado, favorecendo os financiamentos, a área de consórcio não estagnou. Ao contrário, há uma grande demanda por essa modalidade, que apresenta potencial de crescimento”, afirma o gerente da Honda.
Já o Consórcio Yamaha é a segunda maior administradora de consórcios de motocicletas do Brasil, com uma carteira de mais de 165 mil clientes ativos. Em 26 anos de atuação, a Yamaha já realizou o sonho de mais de 300 mil motociclistas por meio do consórcio. O “carro-chefe” é a YBR, moto street de 125cc.
Perspectivas
O consórcio como modalidade de compra tem apresentado crescimento gradativo. Para Rodolfo Montosa, presidente da ABAC, “o comportamento do brasileiro tem evoluído rapidamente na análise dos diversos mecanismos de aquisição parcelada de um bem. É por isso que o sistema tem sido procurado mais e mais, dia após dia”.
Segundo a última pesquisa da Abraciclo de 2006, associação que reúne os fabricantes de motocicletas, as vendas feitas por meio de consórcio representam 36% das motocicletas vendidas no País.
O resultado deve-se, principalmente, pelo fortalecimento dos consórcios de fábrica. Mas a aquisição de uma motocicleta por meio de cotas já teve seus dias de glória. Nos anos de 1998 e 1999, o percentual de vendas via consórcio chegou a 63%.
As perspectivas para o segundo semestre, segundo a ABAC, são bastante otimistas. “O consórcio apresenta vantagens relevantes, entre as quais o parcelamento total, a ausência de juros, a inexistência de prestações intermediárias e uma taxa de administração baixa, diluída ao longo de todo o período, de forma que se espera 5% de crescimento do sistema neste ano em relação a 2007”, afirma Montosa.
As obras-de-arte sobre duas rodas assinadas pela Orange County Choppers (OCC), oficina de customização liderada por Paul Teutul Sr., Paul Jr. e Mikey, são admiradas por milhões de telespectadores. Afinal há seis anos a família Teutul estrela o reality show “American Chopper”, transmitido pelo Discovery Channel.
Poucos dos fãs da série de TV sabem como é acelerar de verdade uma das motocicletas da grife OCC. Mas nós tivemos o privilégio de pilotar uma das criações com a assinada pelos famosos customizadores.
Pelo segundo ano consecutivo, o clã Teutul, do Estado de Nova Iorque (Estados Unidos), veio ao Brasil. Em 2007 participaram do Brasília Music Festival Moto. Neste ano, estiveram de volta ao país para o São Paulo Moto Festival, que aconteceu entre 5 e 7 de setembro no Autódromo de Interlagos (SP).
Na lendária pista, tivemos o prazer de experimentar o modelo Original, uma chopper de corpo e alma que, apesar de constar na linha de motocicletas em “série” da oficina, traz muita exclusividade. Acelere com a gente.
Um convite a acelerar
Com um ângulo de cáster de 45°, o garfo telescópico da suspensão dianteira se estende lá na frente, no melhor estilo chopper, dando asas à imaginação dos motociclistas estradeiros. Um convite a subir na moto e acelerar, sem destino, em uma longa highway norte-americana.
O desejo aumenta ainda mais quando se desperta o motor de dois cilindros em “V” fabricado pela americana S&S com 100 polegadas de capacidade cúbica — cerca de 1630 cm³. Pelas duas ponteiras de escape sai um ruído forte e compassado.
Indicando que estava na hora de engatar a primeira marcha e rodar. Missão um pouco difícil para os meus 1,71 m já que as pedaleiras e os pedais de câmbio e freio são bem avançados. Mas depois de alguns metros me posicionei confortavelmente no banco da grife Danny Gray com as pernas e braços esticados.
Isso graças ao guidão fabricado pela própria OCC, assim como muitos outros detalhes do modelo Original – do quadro às rodas cromadas – que são feitos pelas hábeis mãos da família Teutul.
Feita para as retas
Após a saída dos boxes de Interlagos, entrei na reta oposta e girei o acelerador com vontade. A Original se mantinha firme na trajetória. O ponteiro do velocímetro crescia facilmente na escala em milhas e em quilômetros por hora. Chegava então a descida do lago e o momento de testar os freios, da marca HHI Brakes.
Funcionam muito bem para parar a motocicleta. Ainda bem, pois contornar curvas com o longo garfo e o enorme pneu de 240 mm de largura na traseira da Original não é uma tarefa fácil. Afinal, ela foi projetada para as retas americanas.
Mesmo assim, a moto OCC é mais fácil de pilotar do que aparenta. As manobras em baixa velocidade realmente são difíceis de fazer. Já em movimento a Original é estável e gostosa de pilotar. Claro que não se pode chamá-la de uma moto ágil. Mas levando-se em consideração a sua ciclística, ela até que surpreende.
No miolo de Interlagos, para contornar a curva do Pinheirinho foi preciso diminuir bastante a velocidade. Caso contrário as pedaleiras e até mesmo a ponteira de escape raspava facilmente no asfalto.
Mas depois da curva da junção, em direção à reta dos boxes, o prazer de acelerar o motorzão da S&S voltava. Uma nova reta para desfrutar de todo o torque e potência deste V2 americano. O ponteiro marcava 100 milhas por hora — cerca de 160 km/h.
Pena que tudo que é bom uma hora acaba. Depois de três voltas no Autódromo de Interlagos, um cenário não muito ideal para curtir uma chopper como a OCC Original, era hora de devolver a moto.
Ficha Técnica
Motor: Dois cilindros em “V”, quarto tempos, refrigerado a ar
Capacidade: 1.632 cm³
Câmbio: seis marchas
Rodas e pneus: Metzeler Marathon ME 880 120/70-21, na dianteira; Metzeler Marathon ME 880 240/40R-18, na traseira
Freios: A disco na frente e atrás com pinças de quatro pistões da HHI
Entre-eixos: 2210 mm
Comprimento: 2921 mm
Largura: 940 mm
Altura: 1371 mm
Altura do assento: 610 mm
Distância do solo: 127 mm
Capacidade do tanque: 15 litros
Rômulo Alvarenga, o Oncinha, faturou neste fim de semana a vitória da categoria SM1 na terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Supermoto, disputada no Kartódromo Municipal de Praia Grande, no litoral paulista.
O piloto aproveitou a queda de rendimento de Rafael Fonseca para assumir a liderança nos minutos finais do páreo. Com o resultado, passou a dividir a liderança da classificação com o rival de Brasília, ambos com 36 pontos.
“Eu estava de olho na vitória desde a primeira etapa, mas ela veio agora. Foi muito legal, o público vibrou bastante e não dá para prever quem vai se dar melhor no campeonato”, disse Oncinha.
Na SM2, o líder da temporada, Rafael Paschoalin, alcançou sua segunda vitória consecutiva, mesmo tendo caído durante a prova. Paulo Rogério chegou em segundo, seguido de Wagner Pavanelli.
Kleber Justino foi o destaque na SM3. O piloto largou em segundo e aproveitou a queda do pole position, Sinval Peres, na sexta volta para assumir a ponta e não perder mais. Juliano Meira foi o segundo, enquanto Peres conseguiu se recuperar para ser o terceiro.
Na categoria X, Meira e Álvaro Cândido Neto protagonizaram uma acirrada batalha pela vitória, que acabou Juliano. “O Neto anda muito, é mais experiente, mas fiz uma boa largada e com o circuito travado levei um pouco de vantagem”, comentou.
A quarta etapa do Brasileiro de Supermoto será disputada no dia 28 deste mês, em local a ser definido.