A companhia GeoEye anunciou na quinta-feira (28) que fornecerá imagens de seu novo satélite de alta resolução GeoEye1 ao Google Earth e ao Google Maps, depois que o satélite for lançado em 4 de setembro.
Mark Brender, porta- voz da GeoEye, disse que o logotipo do Google estava pintado no primeiro estágio do foguete Delta 2 que lançará o novo satélite. A GeoEye oferecerá as imagens comerciais em cores com a maior definição do mercado.
"O Google tem interesse em obter as imagens de satélite de maior qualidade possível e, como símbolo desse compromisso, fechou acordo para colocar o logotipo da empresa no primeiro estágio do nosso veículo de lançamento", disse Brender.
O Google já utiliza imagens de outro satélite de alta resolução da GeoEye, o Ikonos, bem como imagens de outras fontes, como a DigitalGlobe, a principal rival da GeoEye. A DigitalGlobe lançou seu novo satélite de alta resolução, o WorldView-1, no final de 2007.
A guerra de pneus continua movimentando a MotoGP. Depois da Fiat Yamaha, em que Valentino Rossi utiliza uma marca diferente da de Jorge Lorenzo, a Repsol Honda será a segunda equipe da categoria literalmente dividida quanto aos compostos, sendo que Dani Pedrosa optou por uma inesperada decisão de deixar os Michelin e rumar para a Bridgestone, mesmo que a temporada já esteja em andamento.
Em um ano de 2008 bastante oscilante, Pedrosa chegou a liderar o Mundial de Pilotos nas corridas iniciais, mas perdeu rendimento e saiu da briga pelo título ao se machucar gravemente no Grande Prêmio da Alemanha. No retorno, marcado para a República Checa, uma modesta 15ª posição o fez disparar contra os representantes da Michelin, que o teriam feito passar "vergonha" em cima de sua moto.
Nesse contexto, nem a quarta posição obtida no último domingo em San Marino mudou a opinião do espanhol, que decidiu realmente "dividir" a Repsol Honda no meio do ano, deixando seu companheiro Nicky Hayden com os pneus da marca francesa, que lamentou bastante a definição através de comunicado oficial.
"Apesar do excelente começo de temporada, em que liderou o campeonato mundial, durante as últimas corridas Dani Pedrosa informou tanto a Michelin quanto a Honda de que não se sentia tranqüilo com os pneus oferecidos a ele", afirmou a empresa.
O terceiro colocado do Mundial de Pilotos, por sua vez, agradeceu por sua troca para os compostos da Bridgestone ter sido acatada. "Agradeço pelo acordo quanto às minhas exigências pessoais e estou muito consciente do fato de que realizei alguns comentários excessivamente negativos sobre os pneus da Michelin, ainda que eles tenham me ajudado de forma excepcional no início do ano".
Quem perdeu o GP da República Checa teve a chance de assistir a uma etapa muito semelhante neste domingo. A pista era outra (Misano), mas a surpresa, a decepção e o vencedor foram os mesmos vistos no circuito de Brno há duas semanas.
O próprio desenrolar da história foi parecido. Nos treinos, domínio absoluto de Casey Stoner, culminando na sétima pole-position consecutiva do australiano da Ducati. Na corrida, um novo vacilo do atual campeão do mundo, que caiu sozinho na sétima volta e abriu espaço para mais uma vitória de Valentino Rossi. Tal qual se viu na prova checa.
Lembram-se do surpreendente segundo lugar de Toni Elias em Brno? O espanhol não conseguiu repetir o resultado, mas voltou a subir no pódio. Foi o terceiro colocado para a alegria da modesta equipe Alice. Entre ele e o “Doutor” ficou Jorge Lorenzo, selando a dobradinha da Fiat Yamaha.
A corrida não teve muitos atrativos. O destaque mesmo foi a queda de Stoner, que liderava o Grande Prêmio com mais de 2s5 de vantagem para Rossi. De acordo com o australiano, a falta de aderência do pneu dianteiro ocasionou seu abandono e complicou ainda mais suas chances de brigar pelo bicampeonato.
Com a vitória, Rossi ampliou para 75 pontos a sua “gordura” na liderança da classificação. Foi a conquista de número 68 da carreira do italiano, que igualou o recorde de proezas de Giacomo Agostini. A consagração significou também a 700ª vitória da Itália no Mundial de Motovelocidade.
Feliz como Valentino estava seu parceiro Lorenzo, cujo segundo lugar em Misano o fez acabar com o jejum de quatro meses sem ir ao pódio. Em terceiro e satisfeitíssimo com o resultado, Elias garantiu à Team Alice o segundo pódio consecutivo na temporada, façanha que o piloto espera que o ajude a permanecer na categoria em 2009.
Saindo do cenário de alegria para entrar no da revolta, chegamos a Daniel Pedrosa. O espanhol da Repsol Honda obteve o quarto posto em San Marino, queixando-se muito da baixa competitividade dos pneus Michelin. Não bastassem as reclamações, o atual vice-campeão surpreendeu a todos com o anúncio de que a partir da próxima etapa utilizará os compostos da Bridgestone.
Chris Vermeulen, da Suzuki, finalizou o GP em quinto, seguido de James Toseland, da Tech 3 Yamaha. Em sétimo, apareceu o novo recordista de GPs da categoria: Loris Capirossi, com 277 provas no currículo.
Além de Stoner, ficaram pelo caminho o francês Randy de Puniet e o samarinês Alex de Angelis. Outras decepções da corrida foram os pilotos da Kawasaki, que ficaram nas duas últimas posições: Anthony West e John Hopkins, respectivamente.
No campeonato, Rossi chegou aos 262 pontos com uma bela folga para chegar ao oitavo título na competição. Já Casey está a 75 tentos do italiano e agora apenas três à frente de Pedrosa, o terceiro colocado da tabela.
A 14ª etapa da MotoGP será disputada no dia 14 de setembro, em Indianápolis, nos Estados Unidos.
Resultado do GP de San Marino:
1) Valentino Rossi (ITA/Fiat Yamaha/B), 44min41s884
2) Jorge Lorenzo (ESP/Fiat Yamaha/M), a 3s163
3) Toni Elias (ESP/Alice Team/B), a 11s705
4) Daniel Pedrosa (ESP/Repsol Honda/M), a 17s470
5) Chris Vermeulen (AUS/Rizla Suzuki/B), a 23s409
6) James Toseland (ING/Tech 3 Yamaha/M), a 26s208
7) Loris Capirossi (ITA/Rizla Suzuki/B), a 26s284
8) Andrea Dovizioso (ITA/JiR Team Scot/M), a 27s591
9) Marco Melandri (ITA/Ducati/B), a 33s169
10) Colin Edwards (EUA/Tech 3 Yamaha/M), a 36s529
11) Sylvain Guintoli (FRA/Alice Team/B), a 42s081
12) Shinya Nakano (JAP/Honda Gresini/B), a 43s808
13) Anthony West (AUS/Kawasaki Racing/B), a 54s874
14) John Hopkins (EUA/Kawasaki Racing /B), a 55s154
Legendas:
B = Bridgestone / M = Michelin.
Classificação:
1) Valentino Rossi, 262 pontos
2) Casey Stoner, 187
3) Daniel Pedrosa, 185
4) Jorge Lorenzo, 140
5) Andrea Dovizioso, 118
6) Chris Vermeulen, 110
7) Colin Edwards, 102
8) Shinya Nakano, 87
9) Loris Capirossi, 86
10) James Toseland, 85
11) Nicky Hayden, 84
12) Toni Elias, 82
13) Alex De Angelis, 49
14) Marco Melandri, 48
15) Sylvain Guintoli, 47
16) Randy De Puniet, 40
17) John Hopkins, 39
18) Anthony West, 36
19) Ben Spies, 10
20) Jamie Hacking, 5
21) Tady Okada, 2
O piloto Marco Melandri confirmou na última terça-feira, em Brno, que se transferirá para a Kawasaki, deixando a Ducati, como substituto de Anthony West e companheiro de equipe de John Hopkins, afirmou o jornal AS.
"Espero conseguir um bom resultado em alguma das seis corridas que restam para acabar a temporada e correr pela Kawasaki em 2009. Será uma grande mudança para mim. Tenho que pensar em tudo que ocorreu neste ano. Veremos como vai ser, porém estou muito confiante", afirmou.
Ele também reconheceu que manteve contatos para voltar à Honda Gresini. "Temos conversado, porém, eu sempre tenho visto a Kawasaki com bons olhos. Toda a equipe me transmite uma boa sensação e essa era minha opção número um", reconheceu.
A saída do italiano não vai abrir a porta a Sete Gibernau, porque Nicky Hayden deve ocupar a vaga de Melandri e, provavelmente, Andrea Dovizioso ocupará a vaga do estadunidense na HRC.
Em todo o mundo, a participação feminina no motociclismo cada vez mais vem sendo incrementada, não mais somente no papel de acompanhante ou “garupeira”, mas no papel de protagonista, compradora de moto para uso próprio e até “pilota” de competições.
Como prova deste fato, a Honda do Canadá anunciou, como parte de seu esforço para aumentar o envolvimento das mulheres com o motociclismo, que o campeonato “Honda CBR125R Challenge” terá sua prova inaugural com uma etapa exclusivamente composta de pilotas.
Mulheres, a partir de 14 anos, puderam se inscrever neste torneio que também contou com uma mulher à frente da organização: Tina Capell da PMP (Professional Motorsports Productions).
Segundo Tina, “Motociclismo e competições com motocicletas têm ganhado popularidade entre as mulheres do Canadá”. Já nos Estados Unidos. estima-se que o número de pilotas seja de mais de 4,6 milhões.
A indústria americana aponta que pelo menos 10% das motos novas são compradas por mulheres, mas há segmentos em que este número é maior. A Kawasaki, por exemplo, é uma fabricante bem procurada pelas consumidoras. Na sua média geral, tem 15% de compradores do sexo feminino e em alguns modelos este número é ainda maior, como na Ninja 250R, no qual as mulheres chegam a responder por 37% das vendas.
Ser "pilota" nos EUA já não é uma novidade. Desde 2001, é realizado anualmente um evento chamado “Femmoto”, que começou como um “track day”, um “dia de pista” reservado exclusivamente para mulheres que desejassem incrementar suas habilidades de pilotagem, com a devida instrução e apoio.
Atualmente, a “Femmoto” é como uma feira que acontece ao longo de vários dias com diversos expositores e fabricantes apresentando seus produtos e serviços voltados para o público feminino.
Por tudo isso, os fabricantes de motos já começam a dar uma maior atenção para o poder de compra e de influência sobre a decisão de compra das mulheres. Nesta linha, a Ducati já foi patrocinadora principal da Femmoto de 2006 e mantém um espaço especialmente dirigido para o público feminino em seu site (www.ducati.com), o “Desmo Women”, onde as leitoras podem encontrar eventos que lhes são mais apropriados e interagir com artigos e “e-cards”, entre outras possibilidades.
A Yamaha, por sua vez, patrocina a equipe da pilota Jessica Zalusky, que compete profissionalmente nos campeonatos AMA Formula Xtreme e AMA Supersport.
No Brasil, a participação das mulheres é até expressiva. Segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas e Similares), as brasileiras já compram mais de uma em cada quatro motos novas vendidas.
Nas competições nacionais, a participação de pilotas ainda se pode dizer “modesta”. No motocross, principalmente, já existe uma participação mais relevante, com provas exclusivamente compostas de mulheres. Nesta modalidade, não só mulheres, mas famílias inteiras participam das provas, incluindo marido, esposa e filhos.
Patrícia e Greg Fuhr são um bom exemplo desta integração familiar. Eles vivem o motociclismo. O casal tem uma grande loja de acessórios para motos e motociclistas em Novo Hamburgo (RS) e, nos finais de semana de competições, ambos pegam seu trailer, reúnem toda a família e vão disputar as provas como pilotos de motocross.
Um detalhe importante é que Patrícia foi uma das fundadoras participantes do primeiro grupo de mulheres que andam de motocross, desenvolvendo uma prova específica só para mulheres.
Greg já é praticante há três anos e, no ultimo campeonato gaúcho de motocross, obteve a quarta colocação na sua categoria. Patrícia foi mais longe e em apenas um ano de treinamento obteve a segunda colocação no off-road feminino estadual.
Na motovelocidade, infelizmente, a participação ainda é bem rara e praticamente só homens disputam provas e campeonatos. No Rio Grande do Sul, no entanto, há bons exemplos de que as mulheres devem invadir os boxes e as pistas nos próximos anos.
Começando pela própria FGM (Federação Gaúcha de Motociclismo), que é dirigida por uma mulher, Lorena Herte de Moraes. Nos últimos anos, ela vem empreendendo um grande esforço no sentido de revitalizar o esporte, agregando mais participantes e melhores condições de prática nos autódromos gaúchos. As gaúchas, na motovelocidade, são isentas de taxa de inscrição de participação. Precisam apenas entrar com sua moto na pista e competir.
Disputando o Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, a gaúcha e aeromoça Michele Carpim vai para os autódromos do Brasil correr entre outros 30 homens, em média, pela categoria 250 cilindradas. Até pouco tempo, Michele era a única mulher em disputas na motovelocidade brasileira.
Outro exemplo de gaúcha intrépida, que não tem medo de competir com homens na falta de outras mulheres para formar uma bateria exclusivamente feminina, é Gisele Flores. Ela é a "pilota" de numeral 18 da FGM e, recentemente, disputou seu primeiro campeonato, a 1ª Copa de Supermoto do estado, terminando a competição em quarto lugar, à frente de outros nove homens que disputaram provas com ela.
E não foi nada fácil não. Na terceira etapa desta Copa, Gisele sofreu uma queda séria durante os treinos, retornou para correr a prova, mesmo machucada, e ainda finalizou em quinto naquele dia. Uma semana depois, desobedeceu ordens médicas, retirou a tala de gesso que estava usando nos últimos cinco dias e foi para a pista novamente, tudo para conseguir pontuar e terminar em boa classificação no campeonato.
“Tenho consciência de que não possuo a habilidade de pilotar como alguns homens, mas tenho muita perseverança e garra. Acredito que mais do que buscar um título, almejo proporcionar um bom exemplo a ser seguido por outras mulheres, incentivando-as a superar o medo, preconceito e receio de mostrarem que também podem ser excelentes com motos.”, afirmou Gisele.
E ela não pretende parar por aí. Gisele está participando do Campeonato Gaúcho de Motovelocidade, na categoria 250 cilindradas, e após três etapas realizadas está em quinto lugar na classificação geral do campeonato, dentre 14 homens.
Vão longe essas mulheres!