Seja em virtude das lesões que sofreu ou por se sentir pressionado para alcançar o ritmo de Valentino Rossi, seu companheiro de Fiat Yamaha, o fato é que Jorge Lorenzo passou de estrela a coadjuvante durante a temporada 2008 da MotoGP. Depois de ficar por muito tempo calado quando perguntado sobre a queda de rendimento apresentada, o espanhol finalmente quebrou o silêncio e admitiu: "não sou o piloto que eu era".
Com apenas 20 anos de idade, Lorenzo estreou na elite do motociclismo mundial com a credencial de quem faturou por duas vezes a categoria 250cc e não decepcionou. Ao contrário, com três poles position e uma inédita vitória nas três primeiras etapas de 2008, ele se transformou em pouco tempo em sensação, chegando inclusive a liderar o campeonato mundial.
Oito corridas depois, porém, o saldo do espanhol passou a ser negativo, uma vez que uma queda durante os treinos livres para o Grande Prêmio da China, que causou fratura em seus dois tornozelos, acabou por tirar a sua confiança, conforme admitiu o piloto à revista italiana Motosprint, em entrevista divulgada nesta quarta-feira.
"As circunstancias mudaram, e infelizmente sofri muitos acidentes consecutivos e isto me causou um pouco de medo da moto", afirmou Lorenzo, que colecionou quedas também nas provas realizadas em Espanha, França, Itália e Estados Unidos. "Eu não sou a mesma pessoa que era no início da temporada. Se neste nível você tem um pouco de temor e perde a confiança, então estará acabado. Estou em uma crise", disse.
Analisando o motivo de sua acentuada queda de rendimento, Lorenzo acredita que iniciou a temporada de uma forma muito agressiva e agora paga o preço por isso.
"Às vezes vou muito rápido na comparação com as condições de curva, moto e pneus. É importante perceber que é preciso ter consistência dentro de limites. Correr sempre a um nível de 100% é quase impossível e devo começar a ir mais lento", concluiu.
A ligeira evolução de Marco Melandri nas duas última etapas da MotoGP convenceu a Ducati a manter o italiano na equipe por pelo menos mais uma corrida. Quem garantiu foi Livio Suppo, chefe da escuderia vermelha.
“A etapa de Laguna Seca foi positiva para o Marco, apesar do resultado final não ter sido o que desejávamos”, afirmou o dirigente, lembrando do 16º lugar obtido nos EUA pelo companheiro de Casey Stoner.
“Ele estava muito rápido no warm-up, como havia sido nos treinos livres. Na corrida, porém, acabou caindo e perdeu a chance de brigar por uma boa colocação”, recordou.
Por ser uma das decepções da temporada e também em função da quebra de seu contrato com a equipe, que o dispensará efetivamente no fim do ano, muitos davam como certo — inclusive Melandri — o desligamento do piloto já para o GP da República Checa.
“Ele mostrou que está progredindo. Estamos convencidos de que ele entendeu como acelerar com a Desmosedici”, finalizou o chefe da “Ferrari das Motos”.
O GP da República Checa será disputado no dia 17 de agosto.
Da antiga versão da F 650 GS praticamente só ficou o nome e o espírito aventureiro da funbike da BMW. O novo modelo acaba de desembarcar no país e traz inúmeras alterações: estéticas, mecânicas e ciclísticas.
Com essa moto, que tem preço a partir de R$ 43.900,00 (versão standard), a marca alemã pretende atrair um público mais jovem e de alto poder aquisitivo, que quer uma moto versátil, bonita e tecnologicamente avançada.
Entre as principais novidades da F 650 GS estão um motor de dois cilindros em paralelo mais potente, assento mais baixo, novos quadro e suspensões, além de linhas mais modernas. Assim, com a revigorada representante da família Enduro, a BMW do Brasil quer ampliar sua participação no mercado on/off-road de média cilindrada, amplamente dominada pela Yamaha XT 660R.
Motorização e ciclística
O motor é o grande destaque da moto de uso misto da BMW. Apesar do nome, a 650 GS da BMW tem um propulsor de 789 cm³, derivado do da esportiva F 800S, porém “amansado”. São 71 cv da 650GS contra 85 cv da 800S. A característica da motorização da F 650GS é o alto torque em baixas rotações — 75Nm a 4.500 rpm —, que garante ao motociclista prazer de pilotar em qualquer tipo de terreno.
Já o quadro em aço tubular tem nova geometria e é mais resistente à torção. Na dianteira a F 650 GS conta com garfo telescópico com 180 mm de curso e disco de freio simples de 300 mm de diâmetro. Já na traseira, braço oscilante com monoamortecedor (170 mm de curso) e disco simples de 265 mm. Agora, a funbike da BMW mede 2.280 mm de comprimento, 890 mm de largura e 1.240 de altura.
Visualmente, a máquina traz linhas mais angulosas que a versão anterior. Outra mudança foi no conjunto óptico que agora conta com dois faróis de tamanhos diferentes em vez de um único farol arredondado.
Para melhorar o centro de gravidade, o tanque de gasolina está sob o assento e tem capacidade para 16 litros. Abastecida, essa trail pesa 199 Kg. De fácil acesso, o bocal de abastecimento fica na lateral traseira da moto, uma marca registrada da F 650 GS.
Como em qualquer outro modelo BMW, a F 650 conta com extensa lista de acessórios. Entre eles, malas laterais, top case, alarme, barras de proteção do motor, protetores de mãos, pára-brisa mais alto e escapamento esportivo da marca Akrapovic.
A BMW do Brasil já programou mais dois lançamentos até o final do ano. Em outubro chega a F 800 GS (também da família Enduro) e, em novembro, chega a G 450 X, um modelo específico para competições off-road.
O italiano Valentino Rossi, líder da classificação geral, ganhou neste domingo o Grande Prêmio dos Estados Unidos de MotoVelocidade, categoria MotoGP, disputado no circuito de Laguna Seca (Califórnia).
Rossi pilotou sua Yamaha na prova de MotoGP e viu sua liderança ameaçada pelo australiano Casey Stoner (Ducati), que largou na pole, quando faltavam nove voltas para o término da corrida, mas soube manobrar e manter-se na liderança.
Inexplicavelmente, Stoner, atual campeão da modalidade, na 27ª volta saiu da pista, caiu, levantou-se e retornou, mas já não havia mais tempo para atacar o italiano, que cruzou tranqüilamente a linha de chegada. O terceiro lugar ficou com o australiano Chris Vermeulen (Suzuki).
Com 212 pontos, o italiano lidera o campeonato com uma vantagem de 25 pontos sobre Stoner (187).
Classificação do GP dos Etados Unidos MotoGP (32 voltas):
01. Valentino Rossi (ITA/Yamaha) - 44min04seg311
02. Casey Stoner (AUS/Ducati) - 13s001
03. Chris Vermeulen (AUS/Suzuki) - 26s609
04. Andrea Dovizioso (ITA/Honda) - 34s901
05. Nicky Hayden (EUA/Honda) - 35s663
06. Randy de Puniet (FRA/Honda) - 37s668
07. Toni Elias (ESP/Ducati) - 41s629
08. Ben Spies (EUA/Suzuki) - 41s927
09. James Toseland (GBR/Yamaha) - 43s019
10. Shinya Nakano (JPN/Honda) - 43s019
Os pequenos talentos que vão disputar a 5ª e 6ª Etapas do Campeonato Brasileiro de Minicross vão entrar na pista da cidade de Brazópolis - MG com apenas um objetivo: se divertir.
O Campeonato, que em 2007 teve pouco mais de 40 pilotos na abertura, este ano superou as expectativas dos organizadores, tendo 63 pilotos inscritos na 1ª etapa.
“O minicross cresce e fica mais popular a cada ano”, afirma Island Costa, um dos responsáveis pelo evento. De acordo com ele, o importante é que as crianças tenham um primeiro contato com as motos e com as competições.
João Carlos da Costa, pai dos pequenos Lucas, de apenas três anos e Guilherme, que disputa a categoria B e tem oito anos, ficou muito feliz com a escolha dos filhos. Os meninos escolheram o minicross devido a sua influência, já que o pai faz trilhas com motos.
Desde que começaram a andar de moto, pai e filhos passaram a ter uma união maior, já que se reúnem no fim de semana para dar alguns passeios em família. Apesar disso, o pai não quer forçar na escolha dos meninos.
“Independente da modalidade, o importante é que os meninos pratiquem um esporte e que a família se reúna em torno disso”, comentou.
O Campeonato Brasileiro de Minicross é dividido em três categorias: A (4 a 6 anos), B (7 a 8 anos) e C (9 anos). As jovens promessas terão a oportunidade de correr no local onde treina o piloto e ex-campeão brasileiro Massoud Nassar.
Com o intuito de fazer com que o Campeonato Brasileiro de Minicross seja uma diversão para toda a família e não só para as crianças, os organizadores da prova criaram uma categoria extra, promocional. Trata-se da categoria Pitbike, onde os pais e outros adultos podem aproveitar o descanso de seus filhos para competir. Sucesso nos EUA e na Europa, a Pitbike ganha cada vez mais adeptos no Brasil.